A PANTERA COR-DE-ROSA (1963)
A série “A Pantera
Cor-de-Rosa” resulta de um conjunto de circunstâncias e de uma reunião de
personalidades e de talentos invulgares, que transformaram uma normal comédia
sem grandes motivos para perdurar na memória dos espectadores num acontecimento
cinematográfico a obrigar a contínuas sequelas. Desde 1964, data da estreia da
primeira “Pantera”, até ao presente, vários foram os títulos que tiveram “The
Pink Panther” e o inspector Closeau como referências, os primeiros cinco
interpretados pelo seu genial criador, Peter Sellers, um aproveitando restos de
filmagens e repetindo excertos de filmes anteriores, prolongando de forma
anómala a presença de Peter Sellers, mesmo depois da sua morte em 1980, alguns
ainda tentado recriar a personagem por outros actores (Alan Arkin, Roger Moore,
Roberto Begnino ou Steve Martin, por exemplo), com resultados quase sempre
decepcionantes. A verdade é que a “Pantera Cor-de-Rosa” foi um fenómeno de
público a que não se pode ficar indiferente, mas que será interessante estudar
e tentar perceber sob vários prismas.
Blake Edwards é um dos grandes
autores de comédia do cinema norte-americano das décadas de 60 a 80 (muito
embora a sua actividade se tenha iniciado nos anos 50 e prolongado até à década
de 90). Pode dizer-se que o seu primeiro grande sucesso é uma comédia romântica
que presentemente funciona como ícone de uma época, “Breakfast at Tiffany's”
(Boneca de Luxo, 1961), a que se segue toda a série de “The Pink Panther” (A
Pantera Cor de Rosa, 1963), iniciada com esse título, continuada por “A Shot in
the Dark” (Um Tiro às Escuras, 1964), “The Return of the Pink Panther” (O
Regresso da Pantera Cor de Rosa, 1975), “The Pink Panther Strikes Again” (A
Pantera Cor de Rosa Volta a Atacar, 1976), “Revenge of the Pink Panther” (A
Vingança da Pantera Cor de Rosa, 1978), “Trail of the Pink Panther” (Na Pista
da Pantera Cor-de-Rosa, 1982), “Curse of the Pink Panther” (A Maldição da
Pantera Cor-de-Rosa, 1983), todos com Peter Sellers. Entretanto, entremeadas
com estas obras, Blake Edwards foi dirigindo outras grandes comédias, nas quais
foi mantendo vivo o tom do “slapstick” e do burlesco que tanto sucesso
conheceram durante o período do cinema mudo, com títulos como “The Great Race”
(A Grande Corrida à Volta do Mundo, 1965), “What Did You Do in the War, Daddy?”
(O Que Fizeste na Guerra, Paizinho?, 1966), “The Party” (A Festa, 1968) ou
“S.O.B.” (Tudo Boa Gente!, 1981), ao lado de outras comédias mais sofisticadas,
alternado entre a comédia romântica e a comédia musical: 1970 – “Darling Lili”
(Darling Lili); 1974 – “The Tamarind Seed” (A Semente de Tamarindo); 1979 –
“10” (10 – Uma Mulher de Sonho); 1982 – “Victor/Victoria” (Victor/Victória),
1983 – “The Man Who Loved Women” (O Homem que Gostava de Mulheres) ou1987 –
“Blind Date” (Encontro Inesquecível). Mas foi autor igualmente de belíssimos
dramas e inclusive de um thriller de boa memória.
Em inícios da década de 60,
Blake Edwards escreveu o argumento de “The Pink Panther” e procurou actores
para darem corpo às personagens então esboçadas. Peter Ustinov foi inicialmente
pensado para criar a personagem do inspector Jacques Cousteau, e teria a seu
lado Ava Gardner. Peter Ustinov fora entretanto convidado para interpretar uma
outra personagem célebre do mundo do crime, o detective Hercule Poirot, uma
criação de Agatha Christie, e viu-se obrigado a declinar o convite para
Clouseau. Seria Peter Sellers a aceitar o repto, de uma forma que ficou famosa
nos bastidores da sétima arte: “Imagina, confidenciou a um amigo de longa data,
Graham Stark, que vou filmar em Itália, com um realizador desconhecido, chamado
Blake Edwards, e me vão pagar 90 mil libras.” O salário era bom na época para
um actor inglês, Mas o realizador não era desconhecido. O encontro de Balke
Edwards e Peter Sellers iria marcar uma data para ambos e para a História do
Cinema. Daí nasceria a série “A Pantera Cor-de-Rosa” e alguns outros trabalhos,
como o fabuloso “The Party”, seguramente uma das melhores comédias dos últimos
anos.
Mas “A Pantera Cor-de-Rosa”
seria uma obra que iria explodir em todas as direcções, de forma algo
perturbante, dado que nem sequer é o melhor filme da série, nem sequer encerra
algumas das suas características básicas. Marca, porém, o encontro de várias personalidades
e marca igualmente o nascimento de figuras e situações que posteriormente se
irão desenvolver de forma autónoma. Não só o encontro de Blake Edwards e Peter
Sellers é decisivo. É-o também a reunião do compositor Henry Mancini e do
director de animação Friz Freleng.
Edwards escreve uma paródia ao
filme de detective que se destinava essencialmente a ser interpretada por um
“ladrão de casaca” muito britânico que iria roubar um diamante célebre que era
conhecido por “Pantera Cor-de-Rosa”. O ladrão seria interpretado por um actor
então muito na berra, David Niven, que poucos anos antes ganhara o Óscar de
melhor actor por um memorável papel em “Separate Tables” (1958), e depois disso
aparecera num conjunto importantes de filmes, onde se podem destacar “Bonjour
Tristesse” (1958), “Ask Any Girl” (1959), “Please Don't Eat the Daisies”
(1960), “The Guns of Navarone” (1961), “The Road to Hong Kong” (1962), “The
Best of Enemies” (1962), “55 Days at Peking” (1963), Bedtime Story (1964) ou
“Lady L” (1965). David Niven é, neste primeiro episódio da série, o
protagonista, e Peter Sellers deveria ser um mero actor secundário, um
inspector francês que andava do encalço do habilidoso ladrão.
Sem apresentar alguns dos
contornos que o irão tornar uma figura tão popular junto das plateias de todo o
mundo, neste primeiro filme da série o inspector Jacques Clouseau é casado com
a bela e pérfida Capucine, que o atraiçoa de todas as formas e feitios, não
possui ainda a invulgar pronúncia que o irá futuramente notabilizar, não tem
como empregado Cato, o japonês com quem trava poderosos duelos de artes
marciais, não tem como chefe o enlouquecido Dreyfuss, nem sequer se serve das
muitas máscaras e disfarces que em obras seguintes se tornaram frequentes e uma
das razões para alguns dos mais célebres gags e momentos de humor.
Curiosamente, “A Pantera
Cor-de-Rosa” é um filme paradoxal: não sendo o melhor filme da série, é o que
põe em funcionamento a engrenagem que irá desencadear toda a série; feito a
pensar em David Niven, lança Peter Seller; sem ser um filme de desenhos
animados, tendo apenas um genérico assim concebido, como centenas de outras
obras o têm tido ao longo da história do cinema, serve de veículo propulsor de
uma série de animação autónoma que irá ter um sucesso monumental durante décadas.
Digamos que a reunião de Blake Edwards, Peter Sellers, Henry Mancini e Friz
Freleng neste filme desencadeou um conjunto de acções simultâneas,
desenvolvidas em direcções diversas, mas tendo todas elas como denominador
comum as figuras de Jacques Clouseau e da pantera cor-de-rosa. São, portanto,
duas criações brilhantes, que se vão aprofundando à medida que a série vai
evoluindo.
Em “The Pink Panther” a acção
parte de várias cidades e tende a confluir num mesmo cenário em virtude das
personagens se irem aproximando, vindas de diferentes partes do mundo. De Roma,
de Hollywood, de Paris, da Cortina d’ Ampezzo. Quem não recorda “O Ladrão de
Casaca”, de mestre Hitchcock? A princesa Dala possui um diamante belíssimo que
o pai lhe ofereceu ainda em criança. Por outro lado, o inspector Clouseau, da
Sureté parisiense procura um misterioso ladrão de joias que é conhecido pela
alcunha de “Fantasma”, dado que ninguém o consegue apanhar. O ladrão é Sir
Charles que se torna íntimo da princesa com fins inconfessáveis, depois de já
ser íntimo da Senhora Clouseau, que não passa sem os seus favores sexuais. No
meio disto tudo surge a figura do inspector, digno polícia de uma irreprimível
conduta moral, lídimo representante da Ordem e da Lei, que, apesar de
atravessar as mais desencontradas situações, se mostra sempre imperturbável,
procurando fazer reverter a seu favor até as desgraças que protagoniza. Quando
se apoia num globo terrestre, é mais que certo que será projectado para o chão
e, ao longa da sua caminhada por este filme insólito, irá tropeçar em bancos,
enrolar-se em tapetes, não conseguir abrir portas abertas ou outras donde se
soltam os puxadores, quando levanta um dedo inquisitorial, acaba por o enfiar
no nariz de algum dos presentes, prende mãos em baldes de gelo, passa por cima
de um Stradivarius, que destrói, e quando se apanha na cama, debaixo de
lençóis, com a sua traiçoeira mulher, não deixa mesmo de se banhar no champanhe
de uma garrafa que se abre no momento menos propicio.
Clouseau é a imagem do infortúnio,
da tragédia ambulante, mas, em vez de se sentir infeliz com esta situação que
se repete de minuto a minuto, o inspector parece passar por cima delas e
ultrapassa-las com uma dignidade e bonomia perfeitas. Quem foi que disse que a
pouca sorte persegue Clouseau? Nada disso. Quando no final, em lugar de prender
o ladrão, acaba sendo levado para o calabouço, Clouseau tem uma resposta de
mestre, que personifica bem a sua personalidade. Quando um polícia lhe
pergunta, mas afinal como roubou tudo aquilo, Clouseau em lugar de negar,
assume, mas sublinha o facto: “Acredite que não foi nada fácil.” Ladrão sim,
mesmo injustamente condenado, mas ladrão em grande estilo.
A
PANTERA COR-DE-ROSA
Título
original: The Pink Panther
Realização: Blake Edwards
(EUA, Inglaterra,1963); Argumento: Maurice Richlin, Blake Edwards; Produção:
Dick Crockett, Martin Jurow; Música: Henry Mancini; Fotografia (cor): Philip H.
Lathrop; Montagem: Ralph E. Winters; Direcção artistica: Fernando Carrere;
Decoração: Reginald Allen, Arrigo Breschi, Jack Stevens; Guarda-roupa: Yves
Saint-Laurent; Maquilhagem: Giancarlo De Leonardis, Amalia Paoletti, Euclide
Santoli, Michele Trimarchi; Direcção de produção: Guy Luongo, Jack McEdward;
Assistentes de realização: Ottavio Oppo; Som: Richard Carruth, Alexander
Fisher, Gilbert D. Marchant; Efeitos especiais: Lee Zavitz; Companhia de
Produção: Mirisch G-E Productions; Intérpretes: David Niven (Sir Charles
Lytton), Peter Sellers (Inspector Jacques Clouseau), Robert Wagner (George
Lytton), Capucine (Simone Clouseau), Claudia Cardinale (Princesa Dala), Brenda
De Banzie (Angela Dunning), Colin Gordon (Tucker), John Le Mesurier, James
Lanphier, Guy Thomajan, Michael Trubshawe, Riccardo Billi, Meri Welles, Martin
Miller, Fran Jeffries, etc. Duração:
113 minutos; Distribuição em Portugal (DVD): MGM / LNK /DVD; Classificação
etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 17 de Dezembro de 1964.
BLAKE
EDWARDS
(1922- 2010)
Blake Edwards, o realizador da série “A
Pantera Cor-de-Rosa”, recebeu um Oscar honorário na cerimónia de entrega dos
prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana, a 29
de Fevereiro de 2004. Com esta distinção, a Academia pretendeu reconhecer o
trabalho de Edwards como argumentista, realizador e produtor cinematográfico.
“Há mais de 50 anos que Blake Edwards tem vindo a mostrar uma carreira
extraordinária, escrevendo, realizando e produzindo o seu próprio trabalho”,
explicou Frank Pierson, presidente da Academia. Acrescentou ainda que o
trabalho de Blake Edwards o coloca “num grupo pequeno e muito seleccionado de
realizadores excepcionais”. Tal como outras personalidades do mundo do cinema
que receberam a estatueta em anos anteriores, por idênticas razões: Louis B.
Mayer, Gene Kelly, Harold Lloyd, Greta Garbo, Jerome Robbins, Satyajit Ray e
Chuck Jones.
William Blake McEdwards, nome de
baptismo de Blake Edwards, nasceu a 26 de Julho de 1922, em Tulsa, Oklahoma,
EUA. O avô, J. Gordon Edwards, foi um conhecido realizador da época do cinema
mudo, tendo dirigido a mítica Theda Bara. O pai, Jack McEdwards, foi director
de cena e director de produção, respectivamente no teatro e no cinema.
Blake Edwards começa a sua carreira como
actor, surgindo como figurante e actor secundário em numerosas obras, tais como
"Ten Gentlemen from West Point" (1942), ou “In the Meantime, Darling”
(1944), de Otto Preminger, onde aparecia a dançar com Jeanne Crain, escrevendo
outras, como "Panhandle" (1948), onde foi pela primeira e última vez
protagonista, ou seis para o realizador Richard Quine, de quem se tornou um
colaborador regular, em musicais como “Rainbow 'Round My Shoulder”, “Sound Off”
(ambos de 1952) ou “All Ashore” (1953), ou em comédias deliciosas, como “The
Notorious Landlady” (A Notável Senhoria).
Criou e escreveu o show radiofónico
“Richard Diamond: Private Detective" para Dick Powell, que conheceu imenso
sucesso. Para a TV concebe uma “sitcom” escrita especialmente para Mickey
Rooney, "Hey Mulligan" (também conhecida por "The Mickey Rooney
Show," 1954-55). Criou igualmente algumas séries de televisão muito
populares, como "Peter Gunn" (1958-60), "Mr. Lucky" (1959-
60), e "Dante" (1960-1).
Especializando-se na comédia,
experimenta quase todos os géneros, com bons resultados: "Operation
Petticoat", um filme sobre submarinos; "Breakfast at Tiffany's",
uma comédia romântica baseada em Truman Capote, que hoje em dia é um “cult
movie”; "Experiment in Terror", um inquietante filme de terror
psicológico; "Days of Wine and Roses", um drama sobre um casal de
alcoólicos, Jack Lemmon e Lee Remick, em trabalhos notáveis; “The Wild Rovers”,
um western crepuscular; "The Pink Panther" e "A Shot in the
Dark", comédias loucas que recuperam o burlesco, e cujo tom se prolonga
noutras obras como “The Great Race” (1965, dedicado a "Mr. Laurel e Mr.
Hardy"), “What Did You Do in the War, Daddy?” (1966) ou a revisitação da
técnica do “slapstick” nesse delirante “The Party” (1968, com Peter Sellers). A
partir de certa altura Blake Edwards entrou em conflito aberto com os
produtores de Hollywood. Passou a filmar em Inglaterra alguns episódios da
série “A Pantera Cor-de-Rosa” e voltou à América para assinar dois grandes
sucessos "10", com Dudley Moore e Bo Derek (1979) e
"Victor/Victoria" (1982), com uma espantosa Julie Andrews, ao mesmo
tempo que cobrava dívidas antigas ao rodar “S.O.B.” (Son Of Bitch), uma comédia
corrosiva sobre Hollywood e os seus métodos.
Depois disso, Edwards não deixou de
rodar obras particularmente interessantes, algumas delas experiências pessoais
curiosíssimas, como “Micki + Maude” (1984), “Skin Deep” (1989), uma adaptação
de Truffaut, “The Man Who Loved Women” (1983), ou o autobiográfico “That's
Life!” (1986), interpretado por Jack Lemmon e totalmente rodado no interior da
casa de Blake Edwards em Malibu, escrito por este de colaboração como o seu
psicanalista, Dr. Milton Wexler. Sucederam-lhe obras mais convencionais, como
“A Fine Mess” (1986), “Blind Date” (1987), e “Switch” (1991). Não deixou de
perseguir o sucesso da série “A Pantera Cor-de-Rosa”, mas depois da morte de Peter
Seller nenhuma das sequelas teve o mesmo sucesso, nem “Trail of the Pink
Panther” (1982), nem “Curse of the Pink Panther” (1983), nem “Son of the Pink
Panther” (1993), com o actor italiano Roberto Benigni. Mais recentemente
produziram-se novas tentativas de reabilitar o Inspector Clouseau, desta feita
sob a aparência de Steve Martin, numa realização de Shawn Levy (EUA, 2005), com
argumento de Len Blum e Steve Martin, inspirado em personagens criadas por
Blake Edwards. Obviamente que o cineasta se sente traído quanto a esta nova
versão, para onde não foi pedida nem a sua colaboração de argumentista nem de
realizador.
Blake Edwards era casado desde 1969 com
a actriz Julie Andrews, com quem trabalhou em diversos filmes e de quem tem
dois filhos, tendo anteriormente sido casado com Patricia Walker (1953 - 1967),
de quem de divorciou, e de quem tem igualmente dois filhos. Blake Edwards
faleceu em Santa Monica, California, a 15 de Dezembro de 2010, com 88 anos.
Sofria de CFS (Chronic Fatigue Syndrome – Síndroma de Fadiga Crónica).
Principais filmes:
1961 - Breakfast at Tiffany's (Boneca de
Luxo); 1962 - Days of Wine and Roses (Escravos do Vício); 1962 - Experiment in
Terror ou The Grip of Fear (Uma Voz na Escuridão); 1963 - The Pink Panther (A
Pantera Cor de Rosa); 1964 - A Shot in the Dark (Um Tiro às Escuras); 1965 -
The Great Race (A Grande Corrida à Volta do Mundo); 1966 - What Did You Do in
the War, Daddy? (O Que Fizeste na Guerra, Paizinho?); 1967 - Peter Gunn (Peter
Gunn, Detective Privado); 1968 - The Party (A Festa); 1970 - Darling Lili
(Darling Lili); 1971 - Wild Rovers (Vagabundos Selvagens); 1972 - The Carey
Treatment (Um Caso de Urgência); 1974 - The Tamarind Seed (A Semente de
Tamarindo); 1975 - The Return of the Pink Panther (O Regresso da Pantera Cor de
Rosa); 1976 - The Pink Panther Strikes Again (A Pantera Cor de Rosa Volta a
Atacar); 1978 - Revenge of the Pink Panther (A Vingança da Pantera Cor de
Rosa); 1979 - 10 (10 – Uma Mulher de Sonho); 1981 - S.O.B. (Tudo Boa Gente!);
1982 - Trail of the Pink Panther (Na Pista da Pantera Cor-de-Rosa); 1982 -
Victor/Victoria (Victor/Victória); 1983 - The Man Who Loved Women (O Homem que
Gostava de Mulheres); 1983 - Curse of the Pink Panther (A Maldição da Pantera
Cor-de-Rosa); 1984 - Micki + Maude (Micki e Maude); 1986 - A Fine Mess (Uma
Tremenda Confusão); 1986 - That's Life! (A Vida é Assim!); 1987 - Blind Date
(Encontro Inesquecível); 1988 - Sunset (Hollywood 1929); 1989 - Skin Deep (O
Amor é uma Grande Aventura); 1991 - Switch (Na Pele de Uma Loira); 1993 - Son
of the Pink Panther ou Il Figlio della Pantera Rosa (O Filho da Pantera Cor de
Rosa).
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